Por que ler para o bebê?
Por que insistir em livros para bebês, se eles não leem? Por vários motivos que tratarei de comentar em mais de uma ocasião neste blog. Embora seja especialista no assunto e possa citar várias pesquisas que fundamentam a importância do estímulo à leitura desde a infância, vou começar com uma justificativa super irracional: pais e filhos devem ler por amor. Por amor aos livros? Também, mas não principalmente.
O motivo maior é que os momentos em que estamos com nossos filhos são preciosos demais e devem ser desfrutados da melhor forma possível. A leitura é uma das alternativas, mas não a única. Uma alternativa que acredito muito por que os livros realmente podem nos transportar para outros mundos, despertar estados de humor e curiosidade que geralmente não sentimos o tempo todo (principalmente à noite, quando chegamos em casa exaustos de um dia de trabalho). Os livros trazem temas que podem se transformar na base das conversas com nossos filhos, temas tão diversos que nem somos capazes de prever...
Quando os meus filhos eram pequenos, ao chegar em casa do trabalho, minha preocupação era se tinham tomado banho, a bagunça da casa e o que tinha para o jantar. Maiorzinhos um pouco, entrei na neura da lição de casa e dos dentes escovados. Ufa! Tudo muito chato. Meu marido, que sempre foi mais relaxado, tinha outra vibe com as crianças: um docinho escondido no bolso da camisa, um belisque antes do jantar. Tinha brinquedo espalhado pela sala? Ele era o primeiro a jogar a bola pra cima... Ah, que bom ter alguém por perto para nos mostrar que existem outras possibilidades... A leitura logo surgiu como uma alternativa para nós todos, juntos, construirmos uma relação de prazer e carinho neste período do dia tão precioso para a família. Amizade, companherismo e cumplicidade são ótimos motivos para ler. Tem outros, é claro.
Neste blog, apresentarei todos aqueles que estudei e outros que as pesquisas mais recentes nos apresentam. Por agora é isto: a leitutra é uma situação que promove amor. Não a única, é claro. Tem outras tantas...
1. Tomar banho junto, embora existam especialistas que critiquem, é uma das melhoras coisas do mundo pra gente fazer com o bebê!
2. Tomar banho em uma banheira cheia de espuma, de preferência...
3. Se não der para tomar banho junto, brincar muito durante o banho, mesmo que o resultado sejam muitos panos de chão para enxugar tudo!
4. Escutar música e cantar com ou para o bebê - meus filhos, mesmo bebês, me achavam mutio desafinada, mas por sorte eles não lembram deste tempo - eu sim!
5. Fazê-lo rir, muito. Beijo no pé, coceguinhas de leve, jogos de esconder, caretas divertidas, movimentos repetitivos. Vale tudo!
6. Dar de comer de forma agradável, com muita conversa e cantoria. Brinquedos também são bem vindos! Pode ser o mamar no peito da mamãe, a mamadeira do papai, a papinha...
7. Ninar no colo até as costas doerem! Eles crescem e um dia não vão querer mais colo...
8. Passear muito. Na praça, no shopping, no restaurante, na praia. E conversar durante os passeios. Mostrar o mundo!
9. Fazer o bebê dormir na sua cama. Desfrutar do seu cheiro e do quentinho que sai do seu corpo. Isso terá como consequência anos de noites mal dormidas e até em insônia. Não tem problema. Deixa pra resolver depois. Eles crescem e isso a gente nunca mais vai poder fazer na vida!
10. Beijar, beijar muito, sem parar.
E ler, é claro. A leitura é a única de todas essas ações que, mesmo com o passar do tempo, prossegue como um elemento de integração e interação da família. Outros novos vão surgir, basta estarmos atentos. Fernando, meu caçula agora com 11 anos, acaba de fazer a leitura crítica deste post e amou! Ele adora ler os meus textos e seus elogios são aqueles que mais me agradam (suas críticas são duras, mas sempre consistentes). Ele também me ensinou a linkar o post com as tags. Não aprendi bem, mas agora já sei a quem pedir ajuda. Tudo isso também é leitura, em família!